O maior contrato de sua história, conforme divulgado no início do ano, virou uma dor de cabeça gigantesca para o Atlético-MG.
Entre patrocínio, vendas de uniforme e fornecimento de material para a equipe principal e das categorias de base, a Dry World foi anunciada em um acordo de R$ 100 milhões em cinco temporadas. A fabricante de material esportivo, no entanto, resistiu apenas pouco mais de um semestre. A diretoria alvinegra se cansou e já se dirigiu ao mercado atrás de um novo parceiro para 2017.
A empresa canadense enfrenta um processo de reestruturação interna.
Nos últimos meses, ela teve de correr contra o tempo para pôr os salários de Robinho em dia, entregar camisetas que ainda se encontram em falta e resolver a situação com terceiros.
Em consulta feita pelo ESPN.com.br ao seu CNPJ, foram possíveis identificar protestos contra dívidas da Dry World em cartórios de Belo Horizonte, Curitiba e outras cidades.
Com um capital social de R$ 1,5 milhão, ela é representada em solo brasileiro pela Rocamp/Logic, empresa com sede em Capanema, no Paraná, que teve a sua razão social alterada recentemente para Dryworld Industrias Américas LTDA EPP. Claudio Escobar, presidente da fabricante no mundo, figura entre seus sócios.
A exemplo do Fluminense e do Goiás, que também contam com contrato com os canadenses, o Atlético-MG enfrenta problemas com falta de material na base.
Até pouco tempo atrás, as suas equipes tinham de atuar com camisetas da Puma, fornecedor anterior.
Os cartolas alvinegros asseguram a manutenção da empresa somente até o final do ano e dizem estar resguardados contra um eventual calote em virtude de garantias em contrato.
Essa não é a primeira vez o clube tem de lidar problemas com o seu uniforme. Ele sofreu com falhas na distribuição com Puma e Lupo também.
Procurado pela reportagem, Edson Campangolo, membro do conselho da Dryworld na América do Sul e um dos sócios da Rocamp, não retornou os contatos.
0 comentários: