Cinco Mundiais, 26 partidas ou 8.771 dias.
Fique à vontade para escolher. Fazia tempo, praticamente 24 anos que a Argentina não conseguia chegar a uma semifinal de Copa. A última vez havia sido em 30 de junho de 1990, contra a Iuguslávia, no estádio Artemio Franchi, em Florença, na Itália. O jejum, enfim, se encerrou: em mais uma excelente atuação - apesar de perder um gol cara a cara com Courtois no fim, Lionel Messi chamou a responsabilidade, e a seleção celeste venceu a Bélgica por 1 a 0 neste sábado, no Estádio Nacional, em Brasília.
O gol da vitória foi marcado logo no começo da partida, aos oito minutos, após saída de bola equivocada de Kompany. A sobra ficou com Messi, que abriu para Di María na direita. O meia-atacante tentou acionar Zabaleta, não conseguiu, mas Higuaín pegou o passe e girou com rapidez mandando a bola para o fundo das redes.
Fim de uma seca que durava 83 dias para o centroavante, defendendo seu país.
Na entrevista coletiva que antecedeu o confronto, Alejandro Sabella havia sido pressionado pela imprensa a sacá-lo da equipe e justificou a sua confiança com o sacrifício feito pelo jogador no gramado. A aposta não poderia ter respondido de melhor forma.
Para a partida, o comandante argentino, ainda insatisfeito com o desempenho de seus atletas - a despeito dos resultados -, promoveu três mudanças, com a entrada de Basanta, Demichelis e Biglia entre os titulares. Ele terá de se preocupar com a baixa de Di María, que deixou o jogo lesionado ainda no primeiro tempo.
A Bélgica não conseguiu repetir a mesma exibição das oitavas e, com um Hazard sumido em campo, teve de contar com as descidas de Vertonghen pela esquerda e os chutes de fora de área de Kevin de Bruyne para ameaçar a meta de Romero. Pouco demais para a propagada geração do país que, embora tenha atingido o seu objetivo, deixa o Brasil com uma dose de frustração.
Os argentinos agora aguardam o vencedor de Holanda e Costa Rica, que duelam ainda nestae sábado, às 17h (de Brasília), na Arena Fonte Nova, em Salvador, para conhecer o o seu adversário da semifinal.
O jogo - A partida começou quente. Logo no primeiro minuto, os cães de guarda das duas seleções se desentenderam em lance isolado no meio-de-campo: Witsel tentou proteger a bola e trocou empurrões e agarrões com Mascherano, que pressionava por trás.
Com a bola rolando, Messi não demorou a aparecer. Aos três minutos, o craque dominou do lado direito e inverteu para Lavezzi na esquerda. O atacante recebeu sozinho e tentou cruzamento rasteiro para Higuaín. Atento, Kompany se antecipou e afastou o perigo de dentro da área,
O defensor e capitão belga vacilou aos oito, no entanto. Ao tentar sair com a bola, teve o passe desviado, Messi ficou com a sobra e abriu rapidamente para Di María. O meia-atacante tentou tocar na passagem de Zabaleta, não conseguiu, mas Higuaín pegou o bate-rebate e girou para o fundo das redes, sem chances para Courtois.
Foi a senha para torcida argentina, que dividia o estádio com os brasileiros, soltar a voz e transformar as arquibancadas.
Assustada, a Bélgica conseguiu chegar pela primeira vez somente aos 13 minutos, em arremate à distância de De Bruyine. O meia do Wolfsburg e Vertonghen eram as principais alternativas de Wilmots no gramado.
Com a vantagem no placar, a Argentina aguardava em seu campo e saía apenas no contra-ataque. Em um deles, aos 29, Messi encontrou Di María aberto na direita, mas o meia-atacante acabou sendo travado por Kompany na hora de finalizar. Ele acabaria sentindo uma fisgada e sendo substituído por Enzo Pérez em seguida.
Antes da ida para o intervalo, uma chance ainda para cada lado: em cobrança de falta na meia-lua, Messi tentou o ângulo esquerdo e assustou; enquanto que Mirallas cabeceou com perigo outro cruzamento de Vertonghen.
Na volta dos vestiários, a Argentina chegou bem por suas vezes pela esquerda, mas não conseguiu concluir em gol. A equipe quase ampliou aos nove minutos, em arrancada em velocidade de Higuaín, toque entre as pernas de Kompany e chute forte no travessão de Courtois.
Foi por pouco.
Os belgas mudaram e colocaram Lukaku e Mertens no lugar de Origi e Mirallas, respectivamente.
Surtiu efeito: o time cresceu e ficou próximo do empate em cabeçada de Fellaini e corte contra a própria Meta de Garay depois de cruzamento de De Bruyne. Não foi suficiente, contudo, para arrancar o empate. Ao fim dos noventa minutos, os comandados de Wilmots contavam com apenas com apenas uma finalização correta. Mais experientes, eles terão de aguardar agora até 2018.
FICHA TÉCNICA
ARGENTINA 1 X 0 BÉLGICA
Local: Estádio Nacional, em Brasília (DF)
Data: 5 de julho de 2014, sábado
Horário: 13h (de Brasília)
Árbitro: Nicola Rizzoli (ITA)
Assistentes: Renato Faverani e Andrea Stefani (ambos da Itália)
Cartões amarelos: Biglia (Argentina); Hazard e Alderweireld (Bélgica)
Gol: ARGENTINA: Higuaín, aos 8 minutos do primeiro tempo
Público: 68.551 pessoas
ARGENTINA: Romero; Zabaleta, Demichelis, Garay e José Basanta; Mascherano, Lucas Biglia e Messi; Lavezzi (Palacio), Di María (Enzo Peres) e Higuaín (Gago)
Técnico: Alejandro Sabella
BÉLGICA: Courtois; Alderweireld, Van Buyten, Kompany e Vertonghen; Witsel, Fellaini, Mirallas (Mertens), De Bruyne e Hazard (Chadli); Origi (Lukaku)
Técnico: Marc Wilmots
ARGENTINA 1 X 0 BÉLGICA
Local: Estádio Nacional, em Brasília (DF)
Data: 5 de julho de 2014, sábado
Horário: 13h (de Brasília)
Árbitro: Nicola Rizzoli (ITA)
Assistentes: Renato Faverani e Andrea Stefani (ambos da Itália)
Cartões amarelos: Biglia (Argentina); Hazard e Alderweireld (Bélgica)
Gol: ARGENTINA: Higuaín, aos 8 minutos do primeiro tempo
Público: 68.551 pessoas
ARGENTINA: Romero; Zabaleta, Demichelis, Garay e José Basanta; Mascherano, Lucas Biglia e Messi; Lavezzi (Palacio), Di María (Enzo Peres) e Higuaín (Gago)
Técnico: Alejandro Sabella
BÉLGICA: Courtois; Alderweireld, Van Buyten, Kompany e Vertonghen; Witsel, Fellaini, Mirallas (Mertens), De Bruyne e Hazard (Chadli); Origi (Lukaku)
Técnico: Marc Wilmots
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