quarta-feira, 11 de junho de 2014

Mãe do goleiro Felipe (desonesto) conta como fez Blatter e Valcke 'engolirem' o acarajé na Copa

quarta-feira, 11 de junho de 2014 - by indio 0

Rita Santos Baiana Acarajé Salvador Fonte Nova 10/06/2014
A história começou alguns meses antes da Copa das Confederações 2013, quando a entidade máxima do futebol anunciou que, assim que assumisse o controle da Fonte Nova, só iria autorizar a venda de acarajé "padrão Fifa", produzido no Rio de Janeiro e comercializado nos stands oficiais. O fato revoltou Rita, que resolveu tomar proviências.
"Comecei a perturbar não só o pessoal do Governo como eu mesmo mandei um monte de e-mails para a Fifa, apesar de eles não responderem (risos)! Mas serviu para chamar a atenção na imprensa, que ficou alarmada: 'Não vai ter baiana na Copa!", contou, aoESPN.com.br., em seu escritório no Pelourinho
O rebuliço despertou o interesse do site internacional change.org, que organiza abaixo-assinados em prol de diversas causas. Consultada, Rita autorizou a abertura de uma petição, que rodou o mundo e foi assinada por 17 mil pessoas. Ela foi entregue a um assessor da presidenta Dilma Rousseff em abril de 2013, quando a Fonte Nova foi inaugurada, sob olhares da chefe de Estado.

Rita Santos Baiana Acarajé Salvador Fonte Nova 10/06/2014
Rita mostra sua credencial da Fifa: acarajé autorizado
Em junho, veio a notícia: as baianas haviam vencido a Fifa e foram liberadas para vender o acarajé já na Copa das Confederações, com direito a pedido de trégua do sacretário-geral da entidade.
"Veio um grandão da Fifa falar comigo, é Valcke, né? Um bem alto! Ele veio e falou 'eu não querer briga com baiana' (risos)! Tá liberado pra Copa 2014!", diverte-se a carioca radicada na Bahia há 20 anos.
"Eles mexeram com as pessoas erradas", completa a arretada vendedora de acarajé.
Dona Norma
Rita conta que a briga com a Fifa lhe rendeu muita dor de cabeça, principalmente na hora de cadastrar as baianas para trabalhar na Fonte Nova, processo que passa por incontáveis formulários e assinaturas. O que a manteve em combate, porém, foi uma das vendedoras mais antigas da turma.
"Dona Norma leva 65 anos vendendo acarajé na arena. Ela tem 11 filhos. Todos os filhos dela nasceram e ela vendendo acarajé na arena. Ela ia trabalhar grávida! Teve uma das filhas dela que quase nasceu no banheiro do estádio! Ela falava pra mim: 'Como é que eles vão me tirar da Fonte Nova? Minha vida é a Fonte Nova!'. Minha briga foi muito em função dela. Briguei por ela e pela filha dela, que hoje vende acarajé junto", relatou.
A presidente da Abam, que está no comando da entidade desde 2009 e cumpre atualmente seu segundo mandato, diz que, depois da derrota para as baianas em Salvador, a Fifa irá pensar duas vezes antes de tentar "mexer com a cultura local" nos países onde organiza a Copa.
"As pessoas agora sabem que, se você brigar, pode fazer a Fifa recuar, como fez com a gente. Eles não podem chegar e impôr tudo do jeito deles, onde já se viu? Tem que respeitar a cultura local! O pessoal que vem de fora não vem só ver futebol, quer conhecer a cultura local também, oras", discursa.
Apesar da vitória, Rita e sua trupe ainda tiveram que ceder em alguns pontos. Elas tiveram que autorizar funcionários da entidade máxima do futebol a inspecionarem suas casas e cozinhas, além de terem que seguir algumas normas de higiene da Fifa.
GETTY IMAGES
Acarajé
Acarajé custará R$ 8 na Fonte Nova durante a Copa 
"Não vamos poder usar nem esmalte nos dias de jogo, acredita?", revela, antes de bater na mesa várias vezes com uma caneta e reclamar.
"Será que vão obrigar oMcDonald's a fazer o mesmo?"
Receita é a mesma
Enquanto outros pratos típicos de estádios brasileiros, como o Tropeirão do Mineirão, foram drasticamente modificados para se adequar ao "padrão Fifa", Rita garante que o acarajé da Fonte Nova mantém-se fiel às raízes.
"Tudo tá igualzinho. A única diferença é que a rua a gente trabalha com fogão, e no estádio usamos fritadeira elétrica. Não mudou a receita nem nada!", assegura.
E, afinal, o que é que a baiana tem? Qual é o segredo do sucesso do acarajé?
"É o amor com que a gente faz... Quem vende acarajé só pelo dinheiro não tá vendendo nada! Quando você chega em uma baiana de fato, que faz aquilo com amor, que aprendeu a receita de mão para a filha, vai encontrar algo diferente, porque a gente faz com carinho", explica.
Na Fonte Nova, o acarajé custará R$ 8. Além dele, as baianas venderão outros quitutes típicos, como abará e cocada.

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