Mesmo sem jogar um futebol brilhante, o Cruzeiro conseguiu cumprir o objetivo de avançar na Libertadores. Atuando no estádio General Pablo Rojas, em Assunção, a Raposa venceu o Cerro Porteño por 2 a 0, e garantiu acesso para as quartas de final da competição continental. Os celestes foram bastante pressionados, mas suportaram, e seguem na brigam pelo tricampeonato da América.
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O tento que abriu caminho para a classificação foi anotado pelo zagueiro Dedé, em um momento crucial da partida. Minutos antes do gol, a Raposa teve o zagueiro Bruno Rodrigo expulso, e mesmo assim resolveu arriscar tudo e foi premiado com uma bola na rede e com a vaga nas quartas de final da Libertadores. Já nos acréscimos, Dagoberto ainda fez o segundo fechando o marcador.
Classificado na Libertadores, o Cruzeiro dá um tempo até às quartas de final, e passa focar a disputa do Brasileirão. O técnico Marcelo Oliveira terá pouco tempo até o próximo sábado, quando a Raposa vai medir forçar contra o Furacão, jogo no Sul do Brasil.
O jogo - O jogo começou quente no Paraguai. Com menos de dois minutos, o torcedor presente no estádio General Pablo Rojas já tinha presenciado uma chance clara de gol para cada lado. Com as duas equipes perseguindo o gol, a partida foi bastante movimentada em Assunção, com brasileiros e paraguaios muito animados.
Aos oitos minutos, Ángel Romero fez ótima jogada pela esquerda e cruzou na medida para Corujo, que livre dentro da área, fuzilou Fábio, que operou milagre, salvando o Cruzeiro. Atuando em casa, o Cerro Porteño foi mais agressivo, chegando a pressionar a Raposa em vários momentos da partida.
O jogo ofensivo do Cerro Porteño criou dificuldades para os celestes, que bem marcados no campo de defesa, erraram muitos passes, resultando em alguns contra-ataques paraguaios. Aos 17, em ótima trama dos atacantes da casa, Ángel Romero acertou belo chute de primeira, com a bola explodindo no travessão de Fábio.
Com o Cerro tomando a iniciativa da partida, o Cruzeiro passou a apresentar instabilidade, principalmente na defesa, que errou muito com Dedé e Bruno Rodrigo. No ataque, as principais chances dos brasileiros nasceram de chutes de fora da área. Preocupado com o desempenho do time, Marcelo Oliveira procurou orientar os comandados a beira do campo, sem muito sucesso.
Na volta para etapa final, a expectativa era de ver um Cruzeiro atacando mais, o cenário do jogo, porém, mostrou o time da casa melhor. Os irmãos Oscar Romero e Ángel Romero deram muito trabalho para os marcadores do Cruzeiro. A todo o momento, os dois invertiam as posições pelos lados do campo, criando boas jogadas na maioria das vezes.
Em contrapartida, peças importantes do time mineiro, como Everton Ribeiro, Ricardo Goulart, Willian e Júlio Baptista foram discretos, aparecendo apenas em lances esporádicos, como em um arremate cruzado de Júlio Baptista, que obrigou Fernández a trabalhar. Para aumentar o poder de fogo do Cruzeiro, Borges e Dagoberto foram acionados.
As alterações deixaram o Cruzeiro melhor, com as trocas de passes funcionando e a equipe conseguindo equilibrar o duelo. Após os 25 minutos, os brasileiros passaram concluir mais contra a meta paraguaia. Como o empate favorecia ao Cerro Porteño, o técnico Arce viu sua equipe jogar nos contra-ataque, tentando surpreender os mineiros.
A vida dos cruzeirenses poderia ficar ainda mais complicada quando o zagueiro Bruno Rodrigo recebeu o segundo cartão amarelo e foi expulso de campo. Precisando vencer o jogo, Marcelo Oliveira não quis recompor a defesa, correndo riscos nos ataques do Cerro Porteño. A ousadia celeste foi premiada aos 35, com Dedé, que desviou falta cobrada por Everton e abriu o placar. Aos 48, ainda teve tempo para Dagoberto arrancar em velocidade e marcar o segundo, fechando o marcador.
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